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Cuiabá, 14 de Maio de 2025

Legislativo Segunda-feira, 27 de Abril de 2020, 14:45 - A | A

Segunda-feira, 27 de Abril de 2020, 14h:45 - A | A

EM CÁCERES

MPE e Defensoria pedem na Justiça instalação de 15 leitos de UTI

Conforme a ação, o prazo para construção dos novos leitos deve ser de 15 dias, dada a urgência do caso e a complexidade da operação

Da Redação

O Ministério Público Estadual (MPE) e a Defensoria Pública ajuizaram uma ação civil pública contra o Estado para a ampliação em 15 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais de Cáceres (a 225 km de Cuiabá), a serem destinados a pacientes diagnosticados ou com suspeita de coronavírus.

Conforme a ação, o prazo para construção dos novos leitos deve ser de 15 dias, dada a urgência do caso e a complexidade da operação.

De acordo com a ação, essa medida é em caráter inicial, pois a capacidade de leitos deverá ser aumentada gradativamente a partir do avanço dos casos. Além de instalar as UTIs, o governo deverá equipá-las adequadamente e realizar manutenção periódica.

O MPE e a Defensoria Pública pedem também que sejam amplamente divulgados os estudos epidemiológicos e estatísticos formulados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em relação à evolução da Covid-19 na região Oeste, bem como que seja diariamente divulgada a relação de leitos de UTI ocupados e vagos nos hospitais da região, especialmente o Hospital São Luiz e o Hospital Regional Antônio Fontes.

A ação foi proposta em virtude da carência de leitos na região, uma vez que a taxa de lotação de UTIs nos hospitais Regional e São Luiz é de pelo menos 95% em períodos típicos, sem casos de coronavírus. Essas duas unidades de saúde são as únicas da região Oeste, que compreende 22 cidades, a dispor desse tipo de leito.

A primeira medida adotada foi a emissão de notificação recomendatória conjunta, expedida em 9 de abril, com prazo de 10 dias para resposta. Contudo, não ouve retorno da SES. Diante disso e de já terem ocorrido duas mortes em Cáceres, de haver transmissão comunitária e local na região, de faltarem testes rápidos para a detecção da Covid-19, bem como de o isolamento social não ser eficaz como deveria, em razão do funcionamento de diversas atividades comerciais nos municípios, o MPE e a Defensoria propuseram a ação.

A petição é assinada pelos promotores de Justiça Daniel Luiz dos Santos, Fabio Rogerio Sant’Anna Pinheiro, Felipe Augusto Ribeiro de Oliveira, Frederico César Batista Ribeiro, Mariana Batizoco Silva Alcântara, Natália Guimarães Ferreira, Rinaldo Segundo, Samuel Telles Costa e Saulo Pires de Andrade Martins, e pelos defensores públicos Saulo Fanaia Castrillon e Thaís Cristina Ferreira Borges. (Com informações da Assessoria do MPE)