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Cuiabá, 17 de Fevereiro de 2025

Legislativo Sexta-feira, 23 de Agosto de 2024, 11:48 - A | A

Sexta-feira, 23 de Agosto de 2024, 11h:48 - A | A

DANOS MATERIAIS E MORAIS

MP processa empresas de telefonia e pede indenização de R$ 2 mi

No julgamento do mérito, o MPE pediu a condenação das requeridas ao pagamento de danos materiais e morais coletivos no importe de R$ 1 milhão cada

Da Redação

O Ministério Público do Estado ajuizou ação civil pública contra as empresas Telefônica Brasil S.A (Vivo), Tim S.A. e Claro S.A. e pediu o pagamento de indenização de R$ 2 milhões por falha na prestação de serviços de telefonia e internet no município de Água Boa (a 730 km de Cuiabá).

No processo, o MPE requereu aplicação de multa diária no valor de R$ 10 mil por descumprimento em caso de decisão judicial favorável.

A intenção da ação civil pública é obrigar as empresas a melhorarem a qualidade da telecomunicação móvel, procedendo aos reparos, substituições e ampliação dos equipamentos existentes no prazo de 30 dias.

No julgamento do mérito, o MPE pediu a condenação das requeridas ao pagamento de danos materiais e morais coletivos no importe de R$ 1 milhão cada, bem como que seja determinado às pessoas jurídicas demandadas a obrigação de fazer consistente em “garantir que a prestação do serviço de telecomunicações móvel pessoal no Município de Água Boa-MT seja sempre regular, adequado, contínua, seguro, eficiente, sem interrupções e atual, promovendo constantemente a manutenção do sistema e realizando investimentos de forma proporcional ao aumento da demanda e crescimento do serviço”.

De acordo com a Promotoria de Justiça de Água Boa, um inquérito civil foi instaurado em 2017 para apurar eventual omissão das empresas em garantir o fornecimento de serviço de qualidade de telefonia e internet no município, após reclamação formal e abaixo-assinado encaminhado pela Câmara Municipal. O Ministério Publico então requisitou análise pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que informou não ter indicadores específicos por município e sim por um conjunto de municípios ou por estados.

Apesar disso, no decorrer das investigações, apurou-se que “as demandadas vêm desrespeitando as normas consumeristas e aquelas afetas à prestação do serviço móvel pessoal no Município de Água Boa, frustrando a expectativa dos usuários/consumidores em terem acesso a um serviço de qualidade, regular, contínuo e eficiente, elementos fundamentais da prestação do serviço público na qualidade de concessionárias”.

Assim, conforme a promotora de Justiça Luane Rodrigues Bomfim, verificou-se que os serviços de telefonias móveis ofertados ao município são precários, tanto para conexão de dados, quanto de voz. Não havendo notícias ou apresentação de cronograma para solucionar as dificuldades enfrentadas pelos consumidores, o MPE ajuizou a ACP na tentativa de resolver o problema. (Com informações da Assessoria do MPE)