Mais três empresas acusadas de se envolverem no suposto esquema de pagamento de propina na Assembleia Legislativa são investigadas pelo Ministério Público do Estado (MPE).
As investigações ocorrem por meio de inquéritos civis instaurados pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, no último dia 9.
A delação premiada do ex-presidente da Assembleia, José Geraldo Riva, foi o ponto de partida para que o MPE determinasse a abertura dos inquéritos contra as empresas Intergraf EGP da Silva ME, Sal Locadora de Veículos Ltda e Uni Soluções em TI.
Segundo Riva, o esquema, conhecido como “mensalinho”, funcionou entre os anos de 2003 e 2015, quando deputados estaduais recebiam, por mês, cerca de R$ 30 e R$ 40 mil em vantagem ilícita. Na delação, ele apontou que cerca de 51 parlamentares foram beneficiados.
Para financiarem a propina, as empresas teriam simulado contratos com a Casa de Leis. Os serviços, além de superfaturados, não foram entregues ao órgão legislativo.
A fim de apurar a ocorrência de dano ao erário, Zaque decidiu pela abertura dos inquéritos.
“Instaurar Inquérito Civil, para investigar possíveis atos de improbidade administrativa e dano ao erário, atribuído ao envolvimento da Empresa UNI SOLUÇÕES EM TI, no “esquema” de desvio de dinheiro público, através de contratos simulados para garantir o pagamento de propina mensal (“mensalinho”), aos parlamentares, no período de 01/02/2003 a 31/01/2015”, diz trecho de uma das portarias de instauração dos inquéritos.
Zaque também determinou à Assembleia que envie as informações sobre os contratos celebrados com as referidas empresas, bem como os pagamentos efetuados.
Outras investigações
Na semana passada, o promotor já havia determinado a instauração de inquéritos contra uma gráfica e outra empresa do setor da informática, que também foram delatadas por Riva.
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