Da Redação
Um idoso aguarda o cumprimento de uma decisão liminar que determinou a transferência dele, para realização de uma cirurgia cardiovascular para correção de aneurisma/dissecção da aorta toracoabdominal.
Após ação da Defensoria Pública, a liminar foi deferida pelo juiz José Luiz Lindote no dia 4 de junho, determinando que o Estado providenciasse, em até 48 horas, a regulação do idoso para a realização do procedimento cirúrgico, em até cinco dias, em hospital da rede pública apto a efetuar a cirurgia, atribuindo ao Município de Cáceres a responsabilidade pela transferência do paciente por meio de transporte adequado.
Apesar da gravidade do caso, o paciente segue internado na enfermaria do Hospital Regional de Cáceres aguardando uma vaga em outra unidade de saúde para a realização do procedimento, classificado como urgente pela própria Central de Regulação do SUS (Sistema Único de Saúde) de Mato Grosso.
Integrante do grupo de risco à Covid-19, o aposentado necessita de atendimento imediato por parte do Estado, visto que a família não tem condições financeiras de arcar com o procedimento cirúrgico, que custa em torno de R$ 50 mil.
“Assim que a família entrou em contato e apresentou a documentação, enviada via WhatsApp, já protocolamos a ação. O parecer do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) de forma favorável e destacando a urgência foi emanado no outro dia”, relatou a defensora pública Thaís Borges, que entrou com a ação ordinária de obrigação de fazer com pedido de antecipação de tutela.
Com histórico de cirurgia de dissecção de aorta torácica, realizada em 2009, o idoso deu entrada no Hospital Regional de Cáceres no dia 23 de maio com quadro de emergência hipertensiva. Após a realização de exames, foi diagnosticado com aneurisma da aorta toracoabdominal, sem menção de ruptura, necessitando de correção por meio de cirurgia cardiovascular.
A defensora, lotada na comarca de Cáceres, roga que o Governo do Estado cumpra a decisão judicial.
“Já decorreu o prazo estatal, mas ainda não cumpriram. Em contato com o departamento de regulação, informaram que não há vaga. O doutor Marcelo Leirião peticionou pedindo o bloqueio para a feitura na rede particular. A situação é crítica, o paciente tem piorado e pode morrer a qualquer momento se não houver a transferência para outro hospital com mais estrutura para a realização da cirurgia”, desabafou. (Com informações da Assessoria da Defensoria Pública)