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Cuiabá, 10 de Julho de 2025

Legislativo Sexta-feira, 18 de Março de 2022, 10:31 - A | A

Sexta-feira, 18 de Março de 2022, 10h:31 - A | A

TI MENKÜ

Funai deve seguir com processo de demarcação de terra indígena em MT

O prazo para que os autos processuais sejam encaminhados ao Ministro de Estado de Justiça e Segurança Pública é de 15 dias, a contar da notificação da decisão

Da Redação

A Justiça Federal determinou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) dê prosseguimento ao processo de demarcação da Terra Indígena Menkü, localizada no município de Brasnorte (a 600 km de Cuiabá).

O prazo para que os autos processuais sejam encaminhados ao Ministro de Estado de Justiça e Segurança Pública é de 15 dias, a contar da notificação da decisão.

A decisão atendeu os pedidos do Ministério Público Federal (MPF-MT) em ação civil pública, que objetiva acompanhar o procedimento de revisão de limites da Terra Indígena Menkü, conduzido pela Funai, assim como o andamento de processos judiciais relacionados ao caso.

Em 2021, o MPF recebeu informações da própria Funai, ao ser questionada sobre o andamento do processo de revisão da TI, que os autos do processo administrativo teriam sido devolvidos à Diretoria de Proteção Territorial para reanálise sob o crivo da nova gestão.

A Funai informou que a devolução do processo teve como base o parecer da Advocacia-Geral da União, embasado num parecer que teve seus efeitos recentemente suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ou seja, sem validade. A fundamentação ainda foi feita no poder de autotutela da administração.

“Com efeito, os despachos, pareceres, cotas e informações técnicas mencionados no procedimento deixam clara a ilegalidade do ato administrativo que determinou o retrocesso no procedimento demarcatório e, mais ainda, evidenciam que o processo estava suficiente e regularmente instruído, pronto para ser encaminhado ao Ministro da Justiça e Segurança Pública. O ato do presidente da Funai que determina o retrocesso contraria as conclusões da própria Funai, por meio de seus setores competentes, além de violar princípios constitucionais”, ressaltou o procurador da República, titular do Ofício Indígena, Ricardo Pael, no bojo da ação.

A ação tramita na Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Juína. (Com informações da Assessoria do MPF-MT)