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Cuiabá, 14 de Maio de 2025

Legislativo Sexta-feira, 06 de Março de 2020, 09:30 - A | A

Sexta-feira, 06 de Março de 2020, 09h:30 - A | A

DIREITO À EDUCAÇÃO

Escola pública não pode negar vaga a criança com microcefalia

Após ter ciência que uma menina de 12 anos com microcefalia teve o direito de ser matriculada negado na escola pública de Barão do Melgaço, o MPE pediu esclarecimentos para as Secretarias de Educação do Município e do Estado

Da Redação

Os pais de uma menina de 12 anos, diagnosticada com microcefalia, procurou o atendimento oferecido no Projeto Ribeirinho Cidadão, do Poder Judiciário de Mato Grosso, após a criança ter o direito à educação negado.

A família da menor contou que tentou matriculá-la numa escola pública em Barão do Melgaço, mas recebeu um não como resposta. A justificativa é a ausência de um profissional cuidador capaz de dar a atenção e os cuidados que ela precisa, bem como que a legislação prevê, em razão de sua deficiência.

Ao tomar conhecimento do fato, o promotor de Justiça Gustavo Dantas Ferraz encaminhou um ofício ao Conselho Tutelar de Barão de Melgaço solicitando informações sobre a falha no acesso à educação. O ofício também foi assinado pelo juiz de direito e coordenador do Ribeirinho Cidadão, José Antônio Bezerra Filho.

Conforme o promotor, agora caberá ao Conselho Tutelar buscar as informações junto à Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT) e à Secretaria Municipal de Educação de Barão de Melgaço, que devem esclarecer os fatos ao Ministério Público.

“Estamos formalizando a denúncia, levando a situação ao conhecimento deles. Não tem mais volta”, disse o promotor, assegurando que, se as secretarias de educação não adotarem medidas administrativas para garantir o direito, essa iniciativa poderá se transformar em uma ação judicial.

Outras irregularidades

No mesmo ofício, o promotor de Justiça também cobrou do Conselho Tutelar um posicionamento acerca das supostas irregularidades que estariam ocorrendo no transporte dos adolescentes que moram na comunidade de Estirão Comprido e frequentam o ensino médio em Barão de Melgaço.

O transporte, por meio de barcos, é responsabilidade da Prefeitura, mas segundo os moradores, há muitas falhas no atendimento, que chega a ficar suspenso por mais de um mês. (Com informações da Assessoria do TJMT)