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Cuiabá, 12 de Maio de 2025

Legislativo Terça-feira, 03 de Setembro de 2019, 15:30 - A | A

Terça-feira, 03 de Setembro de 2019, 15h:30 - A | A

TAC DO MPE

Empresários recorrem de decisão sobre fechamento de poços

Conforme acordo estabelecido com o MPE, a concessionária de água e esgoto da deve promover o tamponamento dos poços artesianos, sob alegação de contaminação do lençol freático na região

Da Redação

Empresários do Distrito Industrial de Cuiabá entraram com recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que derrubou a liminar que suspendia o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a empresa Águas Cuiabá e o Ministério Público Estadual (MPE).

O TAC foi firmado em março de 2018, que prevê o tamponamento dos poços artesianos na Capital sob alegação de contaminação do lençol freático na região. Conforme os industriais, o termo traz prejuízos imensuráveis para a atividade.

A suspensão dos efeitos da decisão que desobrigava a concessionária Águas Cuiabá de promover, até março de 2020, o tamponamento dos poços artesianos em locais que já possuem abastecimento público pelo sistema artificial, foi proferida no mês passado.

A decisão mantém ainda a proibição da concessão ou renovação de outorga, por parte da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), para a regularização de poços artesianos já existentes, quando a Declaração de Possibilidade de Abastecimento (DPA) for positiva.

Na avaliação da presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC), Margareth Buzetti, o TAC firmado entre a empresa Águas Cuiabá e o MPE em março do ano passado “é um prejuízo imenso”.

“Há dois pareceres da Sema contrários ao TAC. Quando nós entramos com a liminar a Sema também se manifestou contrária ao TAC. Os poços outorgados possuem controle de quantidade de contaminação da água que é feito pela Sema. Os ilegais vão continuar sendo ilegais, mesmo com o TAC, porque a Sema não tem o conhecimento de onde eles estão localizados”, disse Margareth.

Conforme a presidente da AEDIC, a região do Distrito Industrial de Cuiabá conta hoje com aproximadamente 300 empresas instaladas e com a decisão todas teriam que desativar os poços existentes.

Margareth Buzetti ressaltou ainda que a região só possui água de poços artesianos.

“Os poços da Águas Cuiabá não possuem outorga, ao contrário dos nossos que estão dentro da legalidade. O TAC é um prejuízo imenso não apenas para o Distrito Industrial, mas para a sociedade como um todo. A concessionária não consegue garantir abastecimento regular no Centro de Cuiabá, imagina no Distrito! Qual é a responsabilidade que o MP possui com os trabalhadores do Distrito Industrial? Um caldeira não pode ficar sem água, isso representa um risco enorme. Como que faz se o encanamento que passa na frente não garante o abastecimento? E um hospital? E se falta água no meio de uma cirurgia ou algum outro procedimento médico, se o hospital não tem água de poço para garantir o abastecimento?”, questionou a presidente da AEDIC. (Com informações da Assessoria)