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Cuiabá, 01 de Julho de 2025

Legislativo Sábado, 05 de Janeiro de 2019, 13:11 - A | A

Sábado, 05 de Janeiro de 2019, 13h:11 - A | A

em colniza

Conflito armado resulta em mortes em fazenda em que Silval e Riva detém a posse

Invasores teriam novamente adentrado ao local, o que gerou um conflito com seguranças da área

Da Redação

Um conflito neste sábado (5) na Fazenda Bauru, conhecida como Magali, localizada em Colniza, resultou na morte de ao menos duas pessoas e sete feridos. A posse da área é do ex-governador Silval Barbosa, que comprou a fazenda junto com o ex-deputado estadual, José Geraldo Riva, mas a propriedade é da Agropecuária Bauru Ltda.

A área é alvo de disputa judicial e a última decisão do juízo da Segunda Vara Cível Especializada em Direito Agrário foi no sentido de determinar que os ocupantes deixassem o local imediatamente, permanecendo 5 km distante da fazenda.

A determinação teria sido descumprida hoje, o que motivou um conflito entre os seguranças da área e invasores.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi até o local junto com equipes da Polícia Militar para verificar a situação.

Alguns dos feridos chegaram a serem levados para a cidade de Juína, para receber atendimento.

A Delegacia de Polícia de Colniza solicitou reforço da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, Ciopaer, da Secretaria de Segurança Pública e peritos da Politec de Cuiabá, para realizar os trabalhos no local do crime e necropsia.

Tragédia anunciada

No ano passado, o Ministério Público do Estado (MPE) notificou o Governo do Estado sobre o risco de conflito armado na fazenda. O local, sofre invasões desde 2000 e foi novamente ocupado por um grupo de 200 pessoas.

A preocupação era de que poderia ocorrer um conflito novamente na região, assim como o registrado em abril de 2017, quando nove trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados no Distrito de Taquaruçu do Norte.

No final de outubro, o juiz Emerson Cajango determinou a reintegração de posse imediata da área e fixou multa diária de R$ 1 mil. No entanto, a Polícia Militar não cumpriu a decisão para obrigar os invasores saírem da área, o que levou o magistrado notificar a Secretaria de Estado de Segurança Pública para que a decisão fosse cumprida.

Outras decisões mantiveram a reintegração da posse cujo último mandado foi cumprido no dia 8 de dezembro passado.