A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça (TJMT), desembargador José Zuquim, para relatar as instabilidades no sistema do Processo Judicial Eletrônico - PJe.
“A situação é crítica e precisamos dar respostas à advocacia”, disse Gisela Cardoso, presidente da OAB-MT.
O desembargador José Zuquim reconheceu que os problemas existem e convocou a equipe do Tribunal para dar explicações sobre a situação.
“Sempre dispostos para ouvi-los, estamos empenhados em achar uma solução que venha a atender a todos, o mais rápido possível. Esperamos ter melhorias até o início da próxima semana com a implementação de soluções que estão sendo viabilizadas pela equipe técnica”, garantiu o presidente do TJMT.
Renata Bueno, da diretoria geral do Tribunal, fez uma apresentação sobre o que está causando as instabilidades no sistema do PJe. Segundo o levantamento feito pela equipe da TI, o maior problema é a robotização.
“O PJe foi feito para uso de humanos e não está preparado para a nova realidade que é a IA, a automação. A capacidade de processamento sistema não comporta essa quantidade de acessos”.
De acordo com o relatório da equipe do TJMT, a situação se agravou nas últimas duas semanas, com picos de acessos muito altos, feitos de forma robotizada e que deixam o sistema instável.
A conselheira estadual da OAB-MT, Brenda Stofel, exemplificou algumas situações de advogados da capital e do interior do estado, que estão tendo problemas para fazer consultas, acessar processos, baixar documentos ou fazer peticionamentos.
O TJMT pretende implantar limites, a fim de amenizar os impactos ao reduzir o número de acessos permitidos, com isso, espera-se que o sistema fique mais estável. Outras ações e a ampliação da estrutura devem ser implementadas em um segundo momento.
“A Inteligência Artificial e a automação são uma realidade irreversível, temos que nos adaptar e buscar a melhor forma de conviver com a tecnologia. Esperamos que o Tribunal consiga encontrar formas de amenizar os problemas de imediato e que as soluções definitivas sejam encontradas o quanto antes”, destacou Gisela Cardoso. (Com informações da Assessoria da OAB-MT)