Da Redação
O Poder Judiciário de Mato Grosso viabiliza a implantação da primeira Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) no Estado. A instituição visa auxiliar na humanização do cumprimento da condenação do detento, sem perder a finalidade punitiva da pena.
A intenção é oferecer alternativas para o condenado se recuperar e não voltar ao crime.
Na tarde de quarta-feira (24), o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Penitenciário de Mato Grosso, desembargador Orlando Perri, se reuniu com a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), para receber mais uma entidade que irá auxiliar na execução do projeto, a Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat).
O desembargador pontuou que o sistema Apac já existe em outros estados, como São Paulo e Minas Gerais. Dentre as vantagens, ele destacou que o índice de reincidência no crime daqueles que estão nas Apacs é praticamente zero; o custo do preso cai em pelo menos 2/3 da média de R$ 2,3 mil pagos atualmente pelo Estado por reeducado; e a reinserção mais breve do recluso na sociedade.
Rodrigo Zanin, reitor da Unemat, disse que a universidade já começou a trabalhar na concepção da arquitetura e projetos de engenharia das Apacs e, futuramente, também irá agregar outros cursos para acompanhar a execução do projeto.
A primeira Apac deve ser construída em Cuiabá, em um terreno atrás do Complexo Pomeri, no bairro Planalto e atenderá 200 recuperandos, os quais regem a própria vida, desde a limpeza do espaço até o trabalho.
Esse vai ser o projeto-piloto que deve ser expandido para outras cidades do Estado. (Com informações da Assessoria do TJMT)