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Administrativo Sexta-feira, 27 de Setembro de 2019, 10:32 - A | A

27 de Setembro de 2019, 10h:32 - A | A

Administrativo / PLANO DE ASSASSINATO

Ministro mato-grossense recomenda tratamento psicológico a Janot

O ex-procurador-geral da República revelou que pretendeu matar o ministro, após ele “atacar” sua filha

Lucielly Melo



“Parece que ele viveu, graças também à mídia, um momento de apogeu e, agora, está vivendo um momento certamente de muita crise de abstinência, provavelmente, precisa de tratamento psicológico muito sério”.

A declaração é do ministro mato-grossense, Gilmar Mendes, após ser alvo de um plano de assassinato do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante entrevista obtida pelo Ponto na Curva.

Janot revelou que, antes de iniciar uma sessão plenária no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017, pretendeu assassinar o ministro e que, após o atentado, iria se suicidar.

Segundo relato à "Veja" o então procurador-geral chegou a engatilhar a arma, na presença do ministro, mas não conseguiu dispará-la.

O motivo seria o ataque feito por Mendes à filha de Janot. Tudo começou quando Janot pediu a suspeição do ministro no caso que julgava um habeas corpus de Eike Batista, com argumento de que a esposa dele atuava no escritório do advogado que representa o empresário.

Gilmar, na época, afirmou que a filha de Janot advogava para a empreiteira OAS e que poderia ser credora de honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Operação Lava Jato.

“Isso não atinge só a mim. Atinge todas as medidas indeferidas no Supremo Tribunal Federal (STF). As denúncias, as investigações e tudo mais. Isso tem que ser analisado pelo país”, disse o ministro nesta sexta-feira (27), durante coletiva de imprensa no Encontro Nacional dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, realizado em Brasília.

Questionado se as declarações contaminam as denúncias da Lava Jato conduzidas pelo ex-procurador, Mendes afirmou que entende que “foram feitas por pessoa com essa qualidade psicológica, com essa personalidade” e que as questões “precisam ser analisadas a partir dessa perspectiva”.

Ele também criticou o atual modelo de escolha do chefe do Ministério Público Federal.

“O sistema político terá que descobrir novos critérios debater isso, talvez abrir a nomeação entre todos os juristas do brasil. Mas, isso não. O modelo deu errado!”.