Da Redação
Na próxima semana, entre os dias 4 e 8 de novembro, o Poder Judiciário de Mato Grosso realiza a 14ª Semana Nacional da Conciliação, quando os juízes das 79 comarcas do estado estarão concentrados em conduzir audiências de conciliação e mediação.
As ações serão desenvolvidas pelos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs) e pela Central de Conciliação de Segundo Grau.
Conforme a desembargadora Clarice Claudino, presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), o movimento pela conciliação começou muito forte, concentrado em torno dessa semana, em 2006, quando foi realizada a primeira edição do evento. Desde então o movimento ganhou força e hoje já se encontra consolidado, fazendo parte da política diária do Judiciário.
“Não é mais uma semana em um mês, já temos um microssistema na lei que obriga que todos os casos passem pela conciliação, pela mediação, antes de começar a demanda judicial propriamente. E depois, em qualquer momento, as partes também podem ser convidadas ou se convidar para uma rodada de conciliação”, enfatizou.
A presidente do Nupemec explicou que, apesar dos avanços, promover a cultura da pacificação social continua sendo desafiador, em especial porque o ser humano continua com a cultura do litígio.
Por outro lado, ela comemorou a inclusão das matérias de conciliação e mediação nas faculdades.
“Isso é uma grande conquista, porque não era obrigatório. Agora este ano a gente conseguiu tornar obrigatório que todos os cursos de Direito ofereçam essa matéria, para que o advogado, quando ele estiver atendendo um cliente, tenha em mente não só ‘que ação eu vou propor’, mas também quais os métodos que melhor se aplicam ao caso. E aí ele vai lembrar que hoje o Poder Judiciário tem várias portas, a porta da conciliação, da mediação, pode pedir uma oficina de direito sistêmico para ser aplicada numa constelação, pode pedir que seu cliente seja preparado para um oficina de parentalidade”, complementou.
O Nupemec é presidido pela desembargadora Clarice Claudino e coordenado pela juíza Cristiane Padim da Silva, e tem a missão de promover a cultura do não-litígio, do diálogo entre as partes, para que cheguem a um consenso e, assim, conquistem a pacificação social. (Com informações da Assessoria do TJMT)