A relação entre pais e filhos é muito especial, cheia de carinho, amor e companheirismo. Para celebrar o Dia dos Pais, comemorado neste domingo (14), o Poder Judiciário de Mato Grosso reuniu três histórias que mostram essa relação de forma inspiradora.
A construção de relação próxima é fator comum entre as histórias, pois para eles não é apenas ter filhos, e sim estar presente, participar do dia a dia dos descendentes, compartilhando afetos, alegrias e momentos.
O juiz da Segunda Vara Criminal de Cuiabá (Execuções Penais), Geraldo Fernandes Fidelis Neto, achava que era um pai realizado com quatro filhos; os gêmeos de 29 anos, Fernando e Eduardo, o estudante Ricardo, 27, e o adolescente Gustavo, de 17. Porém, há quatro anos ele se viu pai de uma menininha.
A Luísa vai para escola e tem atividades extras como deveres escolares, natação e inglês. E o papai faz questão de dividir todas as tarefas com a mãe da menina. “Eu a levo para a escola. Dormimos juntinhos. Ela é minha parceirinha”, comenta.
“Com os meninos, eu já era realizado como pai, mas com a chegada dela, todos nós vimos que faltava alguém especial, que era a Luísa”, disse Geraldo Fidelis. “Ela é um amor de criança. Amiga, parceira do papai e da mamãe”, diz olhando diretamente para os olhos da caçula.
Luísa corresponde aos gestos de carinho, confessa que ama brincar com o pai e que a brincadeira favorita dos dois é jogar bola. Ainda defende quando alguém brinca dizendo que o pai é feio: “O papai é bonito. Te amo papai”.
Exemplo da infância
O gerente de Tecnologia da Informação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Ângelo Fabrício Souza Lima, tem dois filhos. O estudante de Arquitetura, Ângelo, de 18 anos, que cursa a faculdade em Curitiba, e Mateus, de 12 anos, estudante do Ensino Fundamental II em Cuiabá.
Seguindo o exemplo do próprio pai, Ângelo Fabrício, incentiva hábitos saudáveis na vida dos filhos e aproveita esses momentos para fortalecer a relação pai e filho.
“Faço questão de estar presente em todas as atividades do dia a dia dos meus filhos. Isso me remete a minha infância. Meu pai é professor de Educação Física aposentado e me levava para fazer tudo com ele. Busco incentivar, dar suporte para eles, de acordo com a correria do dia a dia eu acho que consigo estar presente”, avaliou.
“Para mim pai é isso. Tentar ser exemplo, alicerce, ser amigo. É emocionante parar para pensar nisso. Estar presente na vida dos meus dois filhos”, reflete sem conseguir conter as lágrimas nos olhos. Prontamente é acolhido pelo filho.
“Meu pai é muito importante para mim. É meu companheiro, parceiro mesmo. Ele me leva todo o dia para escola, me ajuda bastante. Dá umas estressadinhas de vez em quando, mas a gente se diverte aqui no futebol, na escola, nas festinhas desempenha um papel fundamental na minha vida. Eu gostaria de ser assim quando for pai”, elogia.
Os três mosqueteiros
O policial que atua na Coordenadoria Militar do TJMT, Paulo Figueiredo, é pai do adolescente Luís Felipe, 16 anos, e de Ana Clara, 5. A esposa faleceu há um ano, em decorrência de um tumor maligno na bexiga, descoberto com 25 semanas de gestação da caçula. “Como a indicação para cirurgia apresentava risco para o bebê, ela tomou a decisão de seguir com a gestação até uma data segura. Eu apoiei a decisão dela”, conta.
Ana Clara nasceu prematura de 34 semanas (7 meses) e no mesmo dia da cesariana foi feita a cirurgia para retirada do tumor na bexiga. Posteriormente houve o diagnóstico de metástase (invasão de células cancerígenas a outros órgãos do corpo de um indivíduo que, inicialmente, apresentava neoplasia em apenas um órgão), a doença evolui para o pulmão e cérebro. A mulher passou por novo tratamento, mas faleceu em 2021.
De lá para cá, apesar da ajuda de amigos e familiares, ele precisa se desdobrar para dar conta de cuidar da rotina diária dos filhos.
Os três mosqueteiros, como Paulo Figueiredo chama carinhosamente o núcleo familiar, atenderam a equipe de comunicação do Judiciário na sala da casa deles e como não poderia deixar de ser, o pai honra a lição deixada pela mãe das crianças.
“Somos os Três Mosqueteiros: um por todos e todos por um. Eu me divido entre o trabalho e a família, para seguir caminhado e tudo tem dado certo. Eles me dão força eu dou força para eles. Essa troca, essa união familiar que aprendemos com ela, temos mantido”.
Emocionado, Paulo reflete sobre a família que construiu. “Sou grato por tudo. A gente passa por muitos momentos difíceis, todos temos dificuldades, mas as alegrias são maiores. A gente se apega nisso para seguir nosso caminho. Hoje em dia tenho dois filhos maravilhosos que são o Luís Felipe, meu primogênito e Ana Clara, minha princesinha e tenho focado nessa missão que me foi dada. De educar, criar, cuidar, e, principalmente ama-los. Tenho certeza que a minha esposa está iluminando nossos caminhos. Ela não está fisicamente, mas sempre está presente nos nossos corações”, reforça o pai.
“Meu pai é tudo. Ele é a nossa fortaleza, ainda mais nesse momento. Ele sempre foi muito carinhoso, mas no momento ele está em dobro. Ele sempre foi muito forte e nos momentos que demostra ser vulnerável, é bom, pois a gente constrói um laço afetivo mais forte”, acredita o filho.
“Eu te amo, te protejo e confio em você, né filhão”, afirma o pai para o filho. “Te amo, estou sempre com você”, responde o filho. (Com informações da Assessoria do TJMT)