A juíza Anglizey Solivan de Oliveira ascendeu ao 2º grau, nesta terça-feira (20), quando tomou posse como a nova desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
A magistrada foi eleita pelo Pleno, por unanimidade, na segunda-feira (19), pelo critério de merecimento. Ela ocupa a vaga deixada pelo desembargador Luiz Carlos da Costa, que faleceu em maio deste ano.
A vaga na segunda instância foi disputada por uma lista composta exclusivamente por 15 mulheres. Anglizey obteve 33 votos, sagrando-se a nova desembargadora.
Referência no Direito Empresarial, Anglizey relembrou os desafios que enfrentou enquanto esteve à frente da 1ª Vara Cível de Cuiabá Especializada em Recuperação Judicial e Falência.
“Quando fui designada, me pareceu um desafio impossível de ser enfrentado e se transformou na maior oportunidade profissional da minha vida. Foram desafios imensuráveis diante da complexidade dos processos, mas tive alegria de transformar a vida de trabalhadores que receberam recursos de massas falidas e ajudar na restruturação de empresas”.
Ela lembrou que Mato Grosso é pioneiro na matéria de insolvência e que, inclusive, a Vara foi a primeira a ser especializada no assunto no país.
“As decisões construídas sobre o Direito Empresarial no Brasil eu fiz como magistrada da 1ª Vara. A minha vocação foi moldada pela demanda, necessidade pela atuação. Foram 8 anos de sacrifícios, sou uma das magistradas mais longevas à frente da vara de recuperação. Esse trabalho foi construído com muita retidão e segurança”, registrou.
Ela ainda citou que o Judiciário mato-grossense implantou o Cejusc Empresarial e o trabalho executado juntamente com o desembargador Mário Kono, na resolução de conflitos empresariais, através da mediação.
Por fim, Anglizey se comprometeu a exercer a função com empatia, compromisso e serenidade.
A posse foi prestigiada por representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e outras autoridades e familiares e amigos da magistrada.
Com a chegada de Anglizey, a Corte passa a ter 12 cadeiras preenchidas por mulheres, de um total de 39 cadeiras disponíveis. As demais desembargadoras são: Clarice Claudino da Silva (presidente do TJ), Maria Erotides Kneip (vice-presidente), Maria Helena Gargaglione Póvoas, Marilsen Andrade Addário, Maria Aparecida Ribeiro, Serly Marcondes Alves, Nilza Maria Pôssas de Carvalho, Antônia Siqueira Gonçalves, Helena Maria Bezerra Ramos, Maria Aparecida Ferreira Fago e Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo.