Por videoconferência, a 2ª Vara do Trabalho de Sinop realizou uma audiência de conciliação que colocou fim a um litígio entre um caminhoneiro, que mora no Suriname e a empresa em que ele trabalhava no Brasil.
O acordo pôs fim a um processo ajuizado este ano pelo caminhoneiro que trabalhou em uma transportadora entre junho e outubro de 2019, realizando viagens na região norte de Mato Grosso e no estado do Pará. Ele foi demitido sem justa causa e, para conseguir sustentar a família, conseguiu emprego no Suriname.
O ex-empregado buscou a Justiça do Trabalho para receber as verbas rescisórias devidas pela empresa. Conforme o advogado destacou no processo, tratam-se de verbas alimentares, que a família do trabalhador precisa muito neste momento.
O acordo foi realizado pelo juiz Bruno Bragiato. Ele contou a utilização das novas tecnologias é fundamental para encurtar distâncias, manter as recomendações de distanciamento social impostas pela pandemia e ainda assim garantir a prestação jurisdicional à sociedade.
Ele avaliou que este é um momento de aprendizado e que as soluções encontradas devem continuar sendo aplicadas pelo Judiciário.
“Hoje, nossa sociedade se relaciona por meios digitais e no Judiciário não deve ser diferente. Espero que este momento seja um impulso para que se fortaleça a utilização da tecnologia como um meio mais fácil, eficiente e barato de fazer justiça”, concluiu.
Audiência na estrada
A 2ª Vara do Trabalho de Sinop também realizou uma audiência inusitada com o auxílio da tecnologia. Para garantir o acesso à Justiça a um caminhoneiro que estava em viagem pelas estradas do Pará na data da audiência, o juiz Angelo Cestari realizou o procedimento por videoconferência.
No horário marcado, o caminhoneiro parou o veículo em uma área com acesso à internet, e participou da audiência utilizando apenas seu telefone celular.
O magistrado destacou que a possibilidade de realizar audiências, mesmo que no meio da estrada, significa mais acesso à Justiça.
“Foi uma audiência realizada sem os custos do deslocamento para as partes e foi tão boa e eficiente quanto a presencial. Essas audiências por videoconferência estão dando muito certo e garantindo um maior acesso ao judiciário”, afirmou. (Com informações da Assessoria do TRT-MT)