Uma promotora de Justiça de Mato Grosso cancelou a realização do julgamento popular, por duas vezes, sendo uma delas para fazer um curso de pistola “Glock”.
A situação foi levada para o Ministério Público do Estado pela procuradora de Justiça, Kátia Ríspoli, que criticou o fato durante votação de proposta que autoriza o teletrabalho a membros que tirarem licença para participarem de congressos, palestras ou simpósios no país.
De acordo com ela, o caso chegou ao conhecimento do desembargador Pedro Sakamoto, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), através de um habeas corpus por excesso de prazo. Segundo ela, o réu, que já colecionava uma condenação de 37 anos de prisão, estava preso. Após, a situação foi resolvida, o julgamento remarcado e a prisão do acusado, mantida.
“Precisamos ensinar o que é urgente. E curso, posso me deslocar ou não. Porque a gente fica numa situação extremamente constrangedora. Eu disse para o desembargador “o senhor tem razão”. O que eu ia dizer? É claro que foi concedida a ordem e imediatamente cheguei aqui falei com o doutor João Augusto Veras Gadelha [corregedor-geral de Justiça] e, enfim, fez o júri”, Kátia Ríspoli.