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Penal Quarta-feira, 27 de Setembro de 2017, 07:46 - A | A

27 de Setembro de 2017, 07h:46 - A | A

Penal / Grampos ilegais

Perri manda prender secretário e ex-chefes da Casa Civil e Militar em operação

As prisões foram determinadas pelo desembargador Orlando Perri, relator do caso das interceptações telefônicas clandestinas

Da Redação



A Polícia Civil cumpriu na manhã desta quarta-feira (27) mandados de prisão contra o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, ex-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco e sua esposa Helen Christy, o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Airton Benedito Siqueira Júnior e o secretário da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas.

Além destes, um sargento identificado como Soler e o empresário José Marilson também foram detidos.

As prisões, cumpridas durante a Operação Esdras, foram determinadas pelo desembargador Orlando Perri, e são relacionadas aos grampos ilegais ocorridos em Mato Grosso.

Além dos cumprimentos de mandados de prisão, houveram buscas e apreensões nas residências dos detidos e condução coercitiva do corregedor da Polícia Militar, coronel Carlos Eduardo Pinheiro da Silva.

Há ainda um mandado a ser cumprido contra um major apenas identificado como Ferronato, que atua no setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública.

Esta é a segunda vez que Lesco e Taques são presos por envolvimento no esquema de interceptações.

Rogers foi afastado da Sesp na semana passada, acusado de interferir nas investigações dos grampos.

Ao todo, são nove mandados de prisão, 15 de busca e apreensão e uma condução coercitiva.

Grampos ilegais

As investigações dos grampos ilegais no Tribunal de Justiça foram instauradas a partir de uma notícia/crime interposta pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT), após vir à tona uma denúncia do então secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, Mauro Zaque, a Procuradoria-Geral da República, dando conta de que o governador Pedro Taques tinha conhecimento do caso e nada fez.

Mauro Zaque denunciou que jornalista, juízes, advogados e parlamentares teriam sido monitorados de forma ilegal.

O caso foi distribuído ao desembargador Orlando Perri, que quando da instauração da apuração dos fatos, enviou a representação a Procuradoria-Geral de Justiça.

Ele incluiu também a OAB-MT como interessante/noticiante aos autos, autorizando o acompanhamento das investigações e requerimento de diligências para a elucidação dos fatos criminosos.