A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, autorizou o compartilhamento do depoimento prestado pelo delegado Lindomar Aparecido Tófoli para auxiliar uma ação de improbidade administrativa que também apura os fatos objeto da segunda fase da Operação Sodoma 2.
A decisão atendeu ao pedido do juiz Bruno Marques, que atua na Vara Especializada em Ações Coletivas.
Lindomar, que esteve à frente das investigações da operação, prestou depoimento durante a instrução do processo criminal, já sentenciado.
Ana Cristina, ao atender o pedido do colega magistrado, citou a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de que é cabível o empréstimo de provas produzidas no âmbito da ação penal.
“Assim, tendo sido a prova produzida sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, DEFIRO o pedido de compartilhamento da prova testemunhal produzida, oitiva de Lindomar Aparecido Tófoli, para ser utilizada nos autos”.
Operação Sodoma 2
A segunda fase da Operação Sodoma foi deflagrada após a polícia descobrir que cheques de empresas que mantinham contratos com o Governo do Estado (oriundos de propina) foram utilizados para o pagamento de parte de um terreno de 10,861 metros quadrados vendido pelo valor de R$ 13,5 milhões a empresa Matrix Sat Rastreamento, localizado na Avenida Beira Rio, no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá.
Nessa ação penal, foram condenados o ex-governador Silval Barbosa, seu filho, Rodrigo Barbosa, os ex-secretários Pedro Nadaf, Pedro Elias Domingos e César Zilio, o ex-secretário-adjunto de Administração José de Jesus Nunes Cordeiro, o ex-chefe de gabinete Sílvio César Corrêa, o ex-prefeito Wallace Guimarães, o ex-deputado José Riva, o procurador aposentado do Estado Chico Lima, além do empresário F. D. F., Antônio Roni de Liz, Evandro Gustavo Pontes da Silva e Bruno Saldanha.