O proprietário da empresa Dismafe, Luiz Antônio Miranda, doou R$ 1 milhão para ajudar na campanha de Silval Barbosa a governador do Estado, em troca de licitação no governo para que uma de suas empresas do ramo de construção realizasse a duplicação da Rodovia MT-010 (Estrada da Guia) até a entrada do condomínio Florais Cuiabá.
A informação foi dada pelo ex-secretário Pedro Nadaf em sua colaboração premiada, que ainda afirmou que o montante foi entregue diretamente ao empresário Eraí Maggi.
Segundo o delator, em 2012 ele foi procurado por Miranda que lhe confidenciou que tinha sido abordado por Eraí que pediu apoio financeiro para a campanha de Silval, através de caixa 2, prometendo a licitação para executar a obra.
Diante dessa solicitação, o empresário Sr. Luiz Antônio Miranda, vulgo ‘Toninho’, acabou por contribuir com o valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) que foram entregues para a campanha de Silval Barbosa diretamente para o empresário Eraí Maggi
“Tal licitação se referia à duplicação da MT-010, do trecho Cuiabá até a entrada do condomínio Florais, e segundo Luiz Antônio Miranda, havia sido afirmado por Eraí Maggi que o empresário seria ressarcido dessa contribuição quando dos pagamentos pelo governo da obra que ele iria executar”, explicou.
Ainda de acordo com o colaborador, o empresário também revelou que aceitou a proposta dando o montante a Eraí.
“Diante dessa solicitação, o empresário Sr. Luiz Antônio Miranda, vulgo ‘Toninho’, acabou por contribuir com o valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) que foram entregues para a campanha de Silval Barbosa diretamente para o empresário Eraí Maggi”.
Entretanto a obra acabou por não ser executada, ensejando ao não ressarcimento do dinheiro que Antônio Miranda tinha entregado para a campanha do ex-governador. Foi então que o empresário pediu para Nadaf interceder a Silval para que lhe fosse devolvido o montante milionário.
“O Declarante levou o assunto ao então governador Silval da Cunha Barbosa, tendo ele determinado que o Declarante falasse com Marcel de Cursi a fim de encontrarem uma forma de quitar essa dívida, mencionando, ainda, que poderiam conceder ao empresário incentivos fiscais”, concluiu.
Outro lado
Por meio de telefone, o empresário Eraí Maggi disse que não quer falar sobre o assunto.
Providências
A Procuradoria-Geral da República solicitou o desmembramento do feito à 7ª Vara Criminal de Cuiabá, visto que as pessoas citadas no caso não são detentoras de prerrogativa de foro.
Ainda requereu pelo compartilhamento do anexo com o Ministério Público do Estadual (MPE) devido aos indícios de atos de improbidade administrativa.