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Penal Terça-feira, 10 de Dezembro de 2019, 14:41 - A | A

10 de Dezembro de 2019, 14h:41 - A | A

Penal / NO TRIBUNAL DO JÚRI

Após 25 anos, homem será julgado por morte de criança

O caso teve grande repercussão na época e ficou 15 anos sem elucidação por parte da Polícia Civil

Da Redação



Cinco ações penais serão julgadas pelo Tribunal do Júri, no Fórum de Cuiabá, entre os dias 10 e 18 de dezembro. Dentre os casos, o mais antigo trata-se de um homicídio qualificado praticado contra uma menina de 11 anos, em 1994.

No dia 18, a partir das 9 horas, Carlos José de Oliveira, 57, vulgo Casé, será julgado pelo homicídio qualificado de Elisângela Rondon Pereira. Ela foi estuprada e morta, no dia 21 de outubro de 1994, na Estrada do Aricá, em Cuiabá, onde ficava a chácara do réu.

O caso teve grande repercussão na época e ficou 15 anos sem elucidação por parte da Polícia Civil.

Consta nos autos que nos dias que antecederam o assassinato, o denunciado Casé passou a manter contato com a menina ao lhe oferecer uma bolsa em um curso de inglês. Empolgada com a oferta, a vítima pediu autorização da mãe, que recusou a proposta.

No dia do crime, uma sexta-feira, como de costume, a vítima foi para a escola de datilográfia “Olivetti”, que ficava na região central de Cuiabá. Ao sair da aula, ficou na Praça Santos Dumont, na Avenida Getúlio Vargas, esperando o irmão mais velho, Manoel, a quem convidou para ir até a escola de inglês para conversar novamente com o denunciado. Estudiosa, acreditava que, se um dos irmãos pudesse fazer o curso com ela, a mãe aceitaria a oferta da bolsa feita por Carlos José.

Manoel se atrasou 30 minutos e, quando chegou ao local, não mais encontrou a irmã, cujo corpo só foi localizado 3 dias depois, nua, com um galho introduzido na vagina e o punho cortado. Meninos de rua viram a vítima entrando no carro de Casé, que tinha 32 anos de idade, na época.

Veja outros casos que irão a julgamento

No dia 10, a partir das 13h30, Robson Martinez Machado será julgado pelo assassinato de Jeferson Antônio Ramos Arruda. O crime foi por volta de 00h30 do dia 11 de dezembro de 2010, na Praça Maria Taquara, no Centro da Capital. Robson teria desferido vários disparos de arma de fogo contra a vítima, que morreu no local.

A motivação do crime teria sido cobrança de dívida relativa a drogas.

No dia 11, será julgado Calbi Fernando Seixas Pereira, pela tentativa de homicídio de Welderson da Silva Ferreira. O crime aconteceu na noite do dia 7 de agosto de 2010, no bairro Pedra 90, em Cuiabá.

Durante uma festa da igreja católica, Calbi e Welderson, que eram de gangues rivais, se depararam e começaram a brigar. Posteriormente, quando a vítima voltava para casa, junto com o irmão, foi alcançado por Calbi, que teria apontado uma arma de fogo para Welderson e disparado contra o rosto. A vítima ficou apenas tonta e caiu no chão, com a mão no rosto, fingindo-se de morta. O réu chegou a atirar na direção do irmão da vítima, que saiu correndo e não foi atingida. Por fim, Calbi teria retornado e atirado mais duas vezes contra Welderson, acertando o dedo médio de uma das mãos e novamente a cabeça. A vítima apenas não morreu porque foi socorrida e levada ao Pronto Socorro Municipal.

Calbi já cumpre pena em regime fechado por outro homicídio, pelo qual foi condenado no ano passado, também pelo Tribunal do Júri. Em 2015, matou Fabiano Cordeiro de Alcântara, em uma rua do bairro Pedra 90, pelo fato da vítima estar se relacionando amorosamente com a ex-namorada.

No dia 16, será julgado o venezuelano Victor Antônio Gomez Rodriguez, que responde pelo homicídio qualificado de Francisco Javier Belisário Gomes. O crime foi praticado 5 dias depois do réu chegar a Cuiabá. No dia 29 de setembro do ano passado, um sábado, por volta as 23h30, durante um churrasco na casa da mãe de Victor, na Avenida Gonçalo Antunes de Barros, no bairro Bela Vista, em Cuiabá.

O réu e a vítima haviam passado o dia todo consumindo bebida alcoólica e, em dado momento, passaram a discutir, chegando a entrar em luta corporal. Em seguida, Francisco foi embora, mas Victor foi atrás, armado com uma faca, o encontrou na Avenida Dante Martins de Oliveira, próximo ao Bar dos Haitianos, e passou a golpeá-lo com facadas. A vítima não resistiu e morreu no local.

Victor tentou fugir, mas foi contido por populares e preso em flagrante. A prisão foi convertida em preventiva e o réu encontra-se no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC).

No dia 17, sentarão no banco dos réus os primos Paulo Marcos Cebalho da Silva Dias e Gustavo Murilo Cebalho da Silva Costa pelo homicídio qualificado de Luiz Henrique Muniz Nazareth.

O crime foi na madrugada do dia 18 de junho de 2016, no bairro Pedregal, em Cuiabá, quando os acusados, a bordo de um carro, passaram em frente à casa de Luiz Henrique e, encontrando-o no portão, iniciaram uma discussão. Paulo Marcos, que estava no banco de passageiro, então sacou uma arma de fogo e atirou contra o rosto de Luiz Henrique, que morreu no local.

A desavença entre Paulo Marcos e Luiz Henrique se dava há algum tempo porque o réu mantinha um relacionamento abusivo com Bruna Muniz Nazareth, irmã da vítima. O acusado batia na namorada e, em defesa dela, Luiz Henrique vivia discutindo com o então cunhado, que passou a ameaçar de morte a Bruna e a família.

Mesmo após o assassinato do cunhado, o acusado Paulo Marcos continuou ameaçando familiares da vítima, o que ensejou a prisão no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o que ainda se mantém. (Com informações da Assessoria do TJMT)