A Prefeitura de Cuiabá negou que a Operação Iterum, que apura um suposto esquema de R$ 13 milhões na Saúde da Capital, tenha afetado algum gestor da administração municipal.
Por meio de nota emitida na tarde desta quarta-feira (4), o Município destacou que a ação teve como alvos servidores e uma empresa contratada na área tecnologia.
De acordo com a Prefeitura, a referida empresa é reconhecida no mercado e possui contratos com diversos órgãos públicos, como o Tribunal de Contas Estadual, o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa.
“Por fim, enfatiza que o Município se mantém empenhado em garantir o cumprimento de todas as normas e regulamentos aplicáveis. Além disso, lembra que, desde março de 2023, a gestão da Saúde Pública está a cargo do Estado, em cumprimento a uma determinação judicial, por meio de um gabinete de intervenção”, destacou.
LEIA ABAIXO A NOTA:
Em relação à ação realizada nesta quarta-feira, dia 4, a Prefeitura de Cuiabá esclarece:
Coloca-se à disposição da Controladoria Geral da União e das autoridades federais para fornecer todos os esclarecimentos necessários;
É importante destacar que a investigação, conforme informação amplamente divulgada pela imprensa, concentra-se em servidores e em uma empresa contratada, não afetando nenhum gestor da administração municipal e qualquer associação deve ser interpretada como ação midiática e de interesse “politiqueiro”;
Ressaltamos que a empresa em questão é reconhecida na área de tecnologia e presta serviços a diversos órgãos, como o Tribunal de Contas de Mato Grosso, o Governo do Estado de Mato Grosso, Assembleia Legislativa de Mato Grosso e outras empresas públicas e privadas que podem ser confirmadas em uma consulta no site da empresa;
Por fim, enfatiza que o Município se mantém empenhado em garantir o cumprimento de todas as normas e regulamentos aplicáveis. Além disso, lembra que, desde março de 2023, a gestão da Saúde Pública está a cargo do Estado, em cumprimento a uma determinação judicial, por meio de um gabinete de intervenção.
Finaliza reforçando o comprometimento, transparência e respeito às leis.
A operação
A Polícia Federal, com apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou, nesta quarta-feira (4), a Operação Iterum para a desarticulação de uma suposta quadrilha investigada pelo desvio de recursos públicos federais destinados à saúde de Cuiabá, com prejuízo aos cofres públicos estimados em R$ 13 milhões.
Entre os investigados estão três servidores, empresários e possíveis “laranjas” utilizadas no esquema.
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na Capital e em Várzea Grande, expedidos pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso.
Durante as investigações, foram detectadas incongruências e graves irregularidades na execução de contrato de serviços de tecnologia, mantido pelo Município entre os anos de 2017 e 2022 com empresa do ramo de informática.
As análises realizadas com o apoio do órgão de controle não encontraram evidências da efetiva prestação dos serviços contratados, bem como de sua correlação com os respectivos pagamentos.
