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Cuiabá, 27 de Maio de 2025

Legislativo Segunda-feira, 26 de Maio de 2025, 09:06 - A | A

Segunda-feira, 26 de Maio de 2025, 09h:06 - A | A

APRESENTADO NA ALMT

Projeto de lei cria programa de saúde mental para "pais" de bebês reborn

O projeto também proíbe atendimentos clínicos, ambulatoriais ou hospitalares a bonecos “reborn”

Da Redação

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) apresentou um projeto de lei para instituir um programa de atenção à saúde mental para pessoas que manifestam vínculos afetivos com os bonecos realistas, conhecidos como “bebê reborn”

O projeto propõe a proibição de atendimentos clínicos, ambulatoriais ou hospitalares a bonecos “reborn” nas unidades de saúde públicas ou conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Por outro lado, a criação de um programa de saúde mental visa identificar e acolher essas pessoas, oferecendo diagnóstico psicológico e psiquiátrico, tratamento terapêutico, acompanhamento psicossocial e a prevenção do uso inadequado da rede pública em situações que envolvam confusão entre o simbólico e o real.

“Estamos vendo vídeos nas redes sociais e reportagens sobre pessoas que possuem esses bonecos e os tratam como crianças reais — montando enxovais, levando a parques, buscando atendimento médico e até solicitando emissão de documentos como certidão de nascimento, registro geral (RG) e carteira de vacinação. Toda essa febre gera preocupação, seja por críticas ou acolhimento de quem busca viver a maternidade ou paternidade, mesmo que simbolicamente. Precisamos oferecer apoio psicológico, pois essas posturas podem estar relacionadas a perdas, frustrações ou quadros psiquiátricos”, explicou o parlamentar.

Embora os bebês reborn tenham conquistado admiradores em diversas partes do mundo, sendo usados como recurso terapêutico, objetos de colecionismo ou expressão simbólica de maternidade, o fenômeno também desperta debates sobre os limites entre fantasia e realidade. Nesse contexto, a proposta apresentada por Wilson Santos reforçou a importância de olhar para esse comportamento com responsabilidade, oferecendo apoio psicológico às pessoas envolvidas, sem desconsiderar a complexidade emocional por trás dessa relação com o objeto inanimado. (Com informações da Assessoria da ALMT)