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Cível Terça-feira, 22 de Junho de 2021, 15:44 - A | A

22 de Junho de 2021, 15h:44 - A | A

Cível / MAIS UMA VEZ

Audiência sobre indenização à família de verdureiro é adiada

O juiz que conduz o caso, Jones Gattass Dias, acatou o pedido das defesas e suspendeu a audiência que aconteceria no próximo dia 30

Lucielly Melo



O juiz Jones Gattass Dias, da 6ª Vara Cível de Cuiabá, adiou, mais uma vez, a audiência de instrução e julgamento do processo de indenização que as filhas do verdureiro Francisco Lúcio Maia movem contra a médica Letícia Bortolini.

De acordo com o despacho publicado nesta segunda-feira (21), a oitiva que seria realizada no próximo dia 30, foi cancelada a pedido dos advogados de ambas as partes processuais.

A nova oitiva não tem data para acontecer uma vez que, também a pedido das defesas, o juiz decidiu realizá-la presencialmente – não de forma virtual, como havia designado – e isso dependerá do retorno das atividades normais.

“Diante o teor das petições em conjunto dos patronos de ambas as partes (...), onde informam que, por diversos motivos, não poderão comparecer à audiência de instrução e julgamento agendada para o dia 30 de junho do corrente ano, às 14h, pleiteando, assim, o adiamento da realização do ato, com suporte no art. 362, I, do CPC, bem como que a nova data da audiência seja designada de modo presencial, defiro o adiamento da realização da audiência, devendo, portanto, os autos permanecerem na secretaria até que sejam retomadas as atividades normais, quando, então será designada nova data na forma presencial, como pretendida (Portaria-Conjunta n. 514, de 26 de maio de 2021)”, diz trecho da decisão.

O caso

Além do processo cível, a médica também responde criminalmente pela morte do verdureiro, que ocorreu em abril de 2018, em Cuiabá.

A médica chegou a ser presa, mas ficou três dias encarcerada, quando o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, revogou a prisão.

Ao apresentar a denúncia, o Ministério Público acusou-a de conduzir o veículo alcoolizada e em velocidade incompatível com o limite permitido na Avenida Miguel Sutil, onde ocorreu o acidente, “assim como assumindo o risco de produzir o resultado, matou a vítima Francisco Lucio Maia”.

Ainda segundo o MP, a denunciada, após atropelar o verdureiro, deixou de prestar socorro imediato à vítima, bem como afastou-se do local do acidente para fugir à responsabilidade civil e penal.

“Segundo restou apurado, a denunciada Leticia Bortolini e seu esposo Aritony de Alencar Menezes, ambos médicos, na data dos fatos (sábado) estiveram no evento denominado Braseiro que, dentre outras características, operava no sistema open bar (consumo livre de bebida alcoólica), sendo que certamente permaneceram no local das 14 horas até aproximadamente 19h30. Mesmo tendo ingerido bebida alcoólica a denunciada assumiu a condução do veículo pertencente ao casal”, diz trecho da denúncia.

Na denúncia, o órgão ressaltou que assim que atropelou o verdureiro, a médica seguiu a condução do veículo, sob a influência de álcool, operando manobras em zigue-zague até a entrada do seu condomínio, no bairro Jardim Itália, conforme relato de testemunha.