O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) já possui quatro votos para aplicar a pena de censura contra o juiz Wladymir Perri, acusado de cometer suposta falta grave.
O desembargador Rui Ramos foi quem votou para censurar Perri. Ele foi acompanhado por mais três magistrados.
Relator, o corregedor-geral de Justiça Juvenal Pereira da Silva já havia votado no sentido de transformar a sindicância em um Processo Administrativo Disciplinar.
A conclusão do julgamento só não foi possível por conta da ausência justificada do desembargador Paulo da Cunha, que agora encontra-se aposentado. Outro membro deve ser convocado para dar continuidade ao julgamento.
A informação consta na decisão do corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, nesta terça-feira (10).
Perri é investigado após dar voz de prisão à mãe de uma vítima que se manifestou contra o acusado de assassinar seu filho, durante audiência de instrução e julgamento, realizada em setembro de 2023, para investigar a morte do jovem.
Desde que os fatos ganharam repercussão, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem acompanhado o caso por meio de uma Reclamação Disciplinar.
Nesta terça, após receber informações da Corregedoria local sobre o julgamento, o ministro decidiu sobrestar o processo que tramita no CNJ por 30 dias.
“Dentro do prazo acima fixado, consoante exige a Resolução CNJ nº 135/2011, deverá a Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Mato Grosso prestar informações a respeito da conclusão da apuração em curso na origem”.
“Na possibilidade de findar o prazo sem ter sido concluída a apuração, independente de nova intimação, deverão ser informadas à Corregedoria Nacional de Justiça as diligências e providências adotadas para apuração dos fatos, para acompanhamento”, ainda determinou o ministro.
VEJA ABAIXO A DECISÃO: