Em sessão do júri em Rondonópolis (a 200 km de Cuiabá), realizada nesta terça-feira (1º), Diego de Almeida Guimarães recebeu pena de 16 anos e 1 mês de reclusão por atirar e matar Lucas Ícaro de Lima Silva, por porte ilegal de arma e corrupção de menor.
Os sete jurados julgaram o caso na sessão que foi realizada de forma híbrida, ou seja, com parte dos envolvidos em videoconferência. O acusado estava em prisão preventiva na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e as testemunhas em suas casas.
No Fórum estavam presentes o juiz Wagner Plaza Machado Junior, que presidiu a sessão, os jurados, a promotora de Justiça Luciana Fernandes de Freitas e o defensor público João Cláudio Ferreira de Sousa. Nesse mesmo formato, estão previstas outras nove sessões de julgamentos em fevereiro, na maioria com réus presos, como o caso de Diego, cujo crime ocorreu em 14 de fevereiro de 2014.
Antes da sessão, que começou às 9h e terminou às 15h, foi realizado o sorteio dos jurados, no estacionamento do Fórum. Apenas os sete sorteados entraram no plenário. O julgamento ocorreu sem intercorrências que pudessem prejudicar. Tanto réu quando testemunhas foram inquiridos por videoconferência e os jurados, inclusive, fizeram suas perguntas.
“É preciso deixar claro que a Justiça não está com as portas fechadas. Desde que começou a pandemia foram realizadas 75 sessões de júri. A tecnologia nos permite fazer isso. Hoje o acusado estava preso em Cuiabá e não foi preciso o deslocamento. O que traz mais segurança e não o expõe às estradas”, explicou o juiz.
O magistrado reforçou que a modalidade traz mais segurança a todos os envolvidos no julgamento, não apenas em relação à pandemia.
“O caso de hoje, que é um réu de alta periculosidade, traz mais segurança aos jurados. Eles estão aqui sem a presença de familiares, sem o réu olhando para eles, não tem aquela questão personalizada. Isso ajuda na segurança dos jurados. Facilita a participação das testemunhas. Não era usual ouvir testemunhas de fora do país e agora é possível. As audiências continuam e as decisões seguem acontecendo”, apontou.
Só em 2021, o juiz realizou 157 audiências e, neste ano, já foram 15. (Com informações da Assessoria do TJMT)