facebook instagram
Cuiabá, 01 de Julho de 2025

Justiça Estadual Terça-feira, 11 de Julho de 2023, 10:04 - A | A

Terça-feira, 11 de Julho de 2023, 10h:04 - A | A

OPERAÇÃO JUVENAL

Grupo é alvo de mandados judiciais por exploração ilegal de mineradora

Segundo as investigações, seguranças da própria mineradora permitiam a entrada de garimpeiros para a exploração ilegal da área

Da Redação

A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (11), a Operação Juvenal para cumprimento de 12 mandados judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão contra um grupo investigado por associação criminosa e furto qualificado em Vila Bela da Santíssima Trindade.

Foram expedidos sete mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, com alvos nas cidades de Pontes e Lacerda, Cáceres e Cuiabá.

Durante o atendimento a uma ocorrência de homicídio, na região do Rio Sararé, a equipe da Delegacia de Vila Bela flagrou dois supostos seguranças transportando cerca de 200 quilos de cabos de cobre.

Após questioná-los, os policiais verificaram que os seguranças trabalham em uma mineradora da região, estavam de folga e teriam retornado ao local de trabalho para furtar pertences da empresa.

A equipe policial fez levantamentos preliminares para apuração do crime e os objetos recuperados foram devolvidos à empresa.

Na sequência, após essa primeira ação, a Polícia Civil em Vila Bela passou a receber vários comunicados de infrações que eram cometidas na área da mineradora, com destaque para o furto de materiais e recebimento de valores para que garimpeiros explorassem ilegalmente a área da mina.

A investigação foi aprofundada e apurado que alguns seguranças estavam em conluio com garimpeiros para a exploração da mineradora. De acordo com o delegado João Paulo Berté, o papel dos seguranças era permitir o ingresso dos garimpeiros na área e avisá-los das ações da polícia e de outros que não participavam do esquema.

Após as diligências e coleta de informações pela equipe policial, a Polícia Civil representou à Justiça pela prisão temporária e busca e apreensão domiciliar contra os alvos investigados. Os pedidos foram deferidos pelo juízo da comarca com parecer do Ministério Público.

A operação levou o nome do poeta romano Juvenal, que insculpiu a frase em latim “Quis custodiet ipsos custodes?” traduzida como "Quem há de vigiar os próprios vigilantes?". (Com informações da Assessoria da PJC-MT)