Em sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri de Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá) que durou mais de 14 horas, a ré Linayara da Silva foi condenada a 30 anos e oito meses de reclusão.
Pela terceira vez, a mulher foi julgada pelos homicídios do ex-namorado, Adilson Protázio Felizarti, e de Lucas Alexssander Oliveira Miranda. Os júris anteriores foram anulados.
O Conselho de Sentença acolheu a tese da promotora de Justiça substituta Ana Flávia de Assis Ribeiro e reconheceu que os crimes foram praticados por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas.
A condenada iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
O caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Adilson e Lucas Alexssander foram assassinados com disparos de arma de fogo, na rua, por volta de 19h do dia 15 de janeiro de 2017. Segundo apurado durante as investigações, Linayara e Adilson mantiveram um relacionamento amoroso, que foi rompido por ele. A mulher não aceitou o fim do namoro e, diante da negativa dele em retomar a relação, decidiu matá-lo.
Linayara adquiriu um chip de celular em nome de terceiro e criou um perfil falso no aplicativo de mensagens WhatsApp, fazendo-se passar por outra mulher. Ela começou a conversar com Adilson e marcou um encontro para o dia do crime. A mulher passou a localização do ex-namorado para Rafael Ferreira da Silva e outras duas pessoas, que foram ao encontro das vítimas.
No momento da execução, Adilson pilotava uma motocicleta e na garupa estava o amigo Alan de Melo Garcia. Ao lado deles andava Lucas Alexssander. Os autores estavam em um carro, de onde efetuaram múltiplos disparos. Alan saltou da motocicleta e conseguiu escapar ileso. Lucas foi atingido por três tiros nas costas e Adilson foi alvejado por 11 disparos.
Rafael Ferreira da Silva, que também foi denunciado pelo MPE, já foi condenado pelos crimes. (Com informações da Assessoria do MPE)