Da Redação
O Ministério Público do Estado (MPE) pediu que a Justiça determine ao Comando do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) a remessa integral do procedimento instaurado pelo 2º tenente da Polícia Miliar, Carlos Henrique Paschiotto Scheifer, assassinado em maio de 2017, contra o cabo Lucélio Gomes Jacinto, denunciado como um dos autores do homicídio do militar.
Scheifer morreu durante uma ocorrência de assalto a banco, próximo a cidade de Matupá (a700 km de Cuiabá), em maio de 2017. Os três militares que faziam parte da equipe do oficial se tornaram réus por sua morte. São eles: os cabos Werney Cavalcante Jovino e Lucélio Gomes Jacinto, e o sargento Joailton Lopes de Amorim – apenas este último é acusado de homicídio.
De acordo com o promotor de justiça, Allan Sidney do Ó Souza, informações divulgadas pela imprensa revelam que dois dias antes de sua morte, Scheifer comunicou aos seus superiores sobre a instauração de procedimento administrativo contra o cabo.
Ainda conforme a imprensa, dias depois, o procedimento foi arquivado pelo então comandante do Bope, tenente-coronel José Nildo Silva de Oliveira.
Em depoimento prestado à Justiça no último dia 11, no entanto, José Nildo Silva de Oliveira negou ter conhecimento de qualquer desavença entre o tenente assassinado e dos demais integrantes da equipe.
Para o Ministério Público, a existência de procedimento administrativo instaurado pela vítima em desfavor do acusado, inclusive com aparente determinação de arquivamento pela testemunha, é absolutamente relevante à elucidação dos fatos. (Com informações da Assessoria do MPE)