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Empresarial Quinta-feira, 29 de Fevereiro de 2024, 08:59 - A | A

29 de Fevereiro de 2024, 08h:59 - A | A

Empresarial / DÍVIDAS DE R$ 36 MILHÕES

Credores aprovam plano de recuperação da Ávida Construtora

A ata da assembleia será encaminhada à Justiça para que o plano seja homologado

Da Redação



Os credores da Ávida Construtora e Incorporadora aprovaram, nesta quarta-feira (28), o plano de recuperação judicial da empresa. A partir de agora, os créditos serão pagos conforme ficou acordado na assembleia.

O projeto de reestruturação empresarial foi assinado pelo escritório Mestre Medeiros Advogados.

Com a aprovação, a construtora conclui mais uma etapa do processo de recuperação judicial. A ata da assembleia será encaminhada à Justiça para que o plano seja homologado.

A Ávida teve seu pedido de RJ deferido em março do ano passado, por dívidas que ultrapassam R$ 36 milhões.

Com o deferimento do pedido, a construtora ficou protegida de ações e execuções contra o empreendimento, permitindo a proteção do patrimônio empresarial, a reorganização das finanças e dos negócios.

Histórico

Fundada em 2007, a construtora tinha como principal ramo de atuação o setor de habitações populares, visando suprir o grande déficit habitacional da região. No ano de 2008, a construtora foi contratada por uma empresa de alimentos para a construção de creches e expandiu seus negócios.

Já em 2013, a Ávida desenvolveu empreendimentos imobiliários e obras de infraestrutura em todo o território mato-grossense.

Em outubro de 2015, foi anunciado pelo Governo Federal que havia um déficit no orçamento para pagamento de todas as obras contratadas no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida, a partir de então, foram paralisadas obras importantes da construtora, que, àquela época, contava com mais de mil funcionários. Foram contratados valores volumosos junto aos empreiteiros, prestadores de serviços, locação de máquinas pesadas, além da compra de materiais, aquisição de áreas e demais despesas.

As dívidas altas levaram a empresa a alienar imóveis de sua propriedade. Os altos juros, crises econômicas nacionais, pandemia da Covid-19, alta inflação, baixa liquidez, ações na justiça contra a construtora, rescisões contratuais, condenações da devolução de valores pagos e impossibilidade de arcar com suas dívidas tornaram o quadro ainda mais problemático e levaram a empresa a recorrer à recuperação judicial. (Com informações da Assessoria)