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Eleitoral Quarta-feira, 26 de Setembro de 2018, 10:12 - A | A

26 de Setembro de 2018, 10h:12 - A | A

Eleitoral / SUPOSTA FRAUDE EM ATA

Ministros do TSE negam recurso de Fiúza e mantêm Medeiros no Senado Federal

O empresário Paulo Fiúza tentou, por meio de recurso, tirar José Medeiros do cargo de senador federal para assumir o posto

Lucielly Melo



O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou recurso do empresário Paulo Fiúza e manteve José Medeiros no cargo de senador federal.

Em agosto deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) havia cassado o diploma de Medeiros, após julgar a ação que investigou suposta fraude em ata de candidatura das eleições de 2010, que o levou a assumir o cargo deixado pelo então senador Pedro Taques.

Com a cassação, Fiúza, que chegou a ser diplomado, iria assumir no lugar.

Entretanto, José Medeiros recorreu ao TSE e o ministro Napoleão Nunes Maia suspendeu a cassação.

Inconformado, Fiúza entrou agravo regimental no Tribunal Superior para tentar reveter a situação

Em sessão realizada nesta terça-feira (25), os ministros decidiram, por unanimidade, negar o recurso e manter Medeiros no cargo.

“O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Votaram com o Relator os Ministros Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin, Jorge Mussi e Rosa Weber (Presidente). Composição: Ministra Rosa Weber (Presidente) e Ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin, Jorge Mussi, Og Fernandes, Admar Gonzaga e Tarcisio Vieira de Carvalho Neto”, diz trecho do acórdão.

Entenda o caso

A Justiça Eleitoral investigou uma suposta fraude na ata de registro de candidatura de Pedro Taques ao Senado e de seus suplentes José Antonio dos Santos Medeiros e Paulo Fiuza nas eleições de 2010.

A ata era composta por Taques como o líder da chapa, tinha o deputado estadual, Zeca Viana, como 1º suplente e o empresário Paulo Fiuza, como 2º suplente.

Entretanto, em agosto de 2010, Viana desistiu da chapa e foi concorrer uma vaga na Assembleia Legislativa. Desta forma, Fiúza teria que ter passado para a primeira suplência e o então policial rodoviário, José Medeiros, ficaria na segunda.

Contudo, Medeiros acabou na 1ª suplência e Fiúza ocupou a segunda. A suspeita é de que houve assinaturas falsas na ata modificada.

Como Taques venceu a eleição para governador do Estado, José Medeiros ficou no seu lugar no Senado.

A investigação no TRE-MT foi extinta em novembro de 2014, mas decisão dada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez com que o processo fosse reaberto em 2016.

No último mês de agosto, o TRE cassou o mandato de Medeiros, mas posteriormente a decisão foi suspensa pelo TSE.