Antonielle Costa
Eleito corregedor-geral da Justiça de Mato Grosso, o desembargador, Luiz Ferreira da Silva, negou que haja corporativismo no Poder Judiciário e disse que nunca houve dificuldade em “cortar a própria carne”.
O magistrado lembrou recentes casos em que juízes, segundo ele, saíram da linha retilínea que deveriam permanecer e foram submetidos a processo, respeitando sempre a ampla defesa.
Para Luiz Ferreira será um trabalho difícil, mesmo com a experiência adquirida quando atuou como presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil e como corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
“Embora seja um trabalho parecido, mas na OAB trata-se de falhas de advogados, aqui no TJ iremos ver se será preciso apurar falhas de juízes, espero que não. No TRE não precisei instaurar nenhum procedimento, em alguns casos resolvia com o próprio juiz”, destacou.
Essa é a primeira fez o desembargador assume um cargo de direção no TJ e confessou que tinha isso como meta em sua carreira.
“Todo juiz tem como meta exercer um cargo, pensa que poderá contribuir com sua experiência pessoal e quem sabe ajudar, confesso que tinha esse objetivo”, frisou.
Corregedoria-adjunta
Ferreira disse que irá propor ao Pleno do TJ a criação de uma coordenadoria-adjunta, para cuidar dos cartórios extrajudiciais.
Questionado se o cargo poderia ser exercido pelo desembargador Jose Zuquim, que desistiu da disputa pela corregedoria, ele disse que é um magistrado preparadíssimo, mas isso ficará a cargo do Pleno.
Correição
O magistrado afirmou que dará continuidade aos trabalhos de correição nas Comarcas do Estado e pretende avançar na área de tecnologia implementando correição virtual.