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Penal Quarta-feira, 10 de Outubro de 2018, 14:19 - A | A

10 de Outubro de 2018, 14h:19 - A | A

Penal / CORRUPÇÃO ATIVA

Juiz condena advogado que ofereceu propina de R$ 2,5 mil para policiais

Augusto Frutoso teria oferecido a quantia aos PMs para que dois clientes que haviam sido presos por porte ilegal de arma de fogo e munições fossem liberados

Lucielly Melo



O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, condenou o advogado Augusto César Carvalho Frutoso a 1 ano de detenção por corrupção ativa.

Ele foi acusado de oferecer propina de R$ 25 mil, para que policiais militares liberassem dois clientes dele de serem presos por porte ilegal de arma.

Ao sentenciar o advogado, o magistrado ainda determinou que Frutoso pague 10 dias em multa, à base de 1/30 do salário recebido na época dos fatos corrigidos até a data do pagamento.

Ao final, o juiz substituiu a pena privativa de liberdade por duas restritivas de direito. A aplicação da punição será feita pelo Juízo da Execução Penal.

Outros condenados

Ainda em sua decisão, o juiz condenou os clientes do advogado, Weliton Correia da Silva e Willian Vinícius Lopes. O primeiro foi condenado por porte ilegal de arma de fogo, pegando 2 anos de reclusão, no regime semiaberto; o segundo respondeu por posse ilegal de arma de fogo e posse irregular de munição, levando-o a 2 anos de reclusão e 1 ano de detenção, em regime semiaberto – pena esta que foi substituída por restritivas de direito.

Weliton e Willian ainda foram condenados ao pagamento de 10 dias-multa e 20 dias-multa, respectivamente.

O magistrado isentou-os do crime de corrupção ativa.

Punição de militares

Após analisar relatos de testemunhas, o juiz remeteu cópia dos autos para que o Juízo Militar tome providências cabíveis em relação aos policiais militares Reginaldo Jorge Magalhães e Renato Carradine, que receberam a propina do advogado.

Entenda o caso

Em maio de 2015, em Cuiabá, policiais militares apreenderam Weliton e Willian com um revólver calibre 38, seis munições e um aparelho usado como bloqueador de sinal de GPS de veículos.

Enquanto os militares encaminhavam a dupla para a delegacia, o advogado ligou e disse que que poderia negociar com os policiais a liberação dos suspeitos e ofereceu a quantia de R$ 2,5 mil.

Na unidade, o advogado procurou os policiais e entregou a quantia. Ele acabou sendo preso em flagrante por suborno.

CONFIRA AQUI A DECISÃO