Da Redação
O grupo Amaggi, de propriedade do ex-governador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, se pronunciou, por meio de nota, sobre o suposto envolvimento da Fazenda Canaã, localizada em Querência, com as fraudes ambientais descobertas pela Operação Polygonum.
A empresa rebateu a reportagem da Folha de S. Paulo e afirmou que o processo do Cadastro Ambiental Rural (CAR) da fazenda seguiu todos os trâmites legais e que a área está parcialmente embargada, mas que não foi favorecida em momento algum.
Veja abaixo a nota na íntegra:
Diante das informações veiculadas pela imprensa mencionando a Fazenda Canaã no âmbito da operação Polygonum, a AMAGGI vem a público informar que:
a) Localizada no município de Querência (MT) e compreendendo 1.483 hectares, a fazenda foi adquirida pela AMAGGI em 2013 já com passivo ambiental (área parcialmente embargada). A fazenda tem produzido soja e milho, porém sem utilizar a área embargada e respeitando todos os preceitos legais;
b) O processo referente ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) desta área seguiu todos os trâmites e foi conduzido com toda a lisura que caracteriza as práticas da empresa. A companhia pleiteou a análise do CAR para a Fazenda Canaã com base no inciso IV do art. 20 do decreto 1.031 de 2 de junho de 2017, que prioriza a emissão do cadastro para áreas com embargo;
c) Vale ressaltar que o processo ambiental não foi finalizado, que o embargo sobre parte da área ainda permanece e que a AMAGGI em nenhum momento foi favorecida ou beneficiada;
d) Até o momento, a AMAGGI não foi procurada pelas autoridades responsáveis pela presente operação para prestar esclarecimentos. De todo modo, a companhia se coloca à disposição para apresentar formalmente todas as informações pertinentes.