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06 de Maio de 2024

Penal Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2021, 15:18 - A | A

20 de Janeiro de 2021, 15h:18 - A | A

Penal / OPERAÇÃO ASAFE

Juíza reagenda audiência para ouvir advogados e pecuarista sobre venda de sentenças

A audiência de instrução e julgamento foi remarcada para o próximo dia 1º, a partir das 14h

Lucielly Melo



A juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, redesignou, para o próximo dia 1ª, a audiência em que interrogará, novamente, os advogados Rodrigo Komochena e Fernando Ojeda, acusados de participação num esquema de venda de sentenças em Mato Grosso.

O caso é alvo de investigação da Operação Asafe.

Além dos operadores de Direito, a juíza vai ouvir o depoimento do pecuarista Loris Dilda, que deveria ter sido ouvido em outras audiências anteriormente marcadas, mas as oitivas acabaram sendo suspensas.

A magistrada ainda pretende ouvir as pessoas que irão depor em favor dos acusados Carvalho Silva e Max Weyzer Mendonça Oliveira.

“Redesigno a Audiência de Instrução, em Continuação agendada para o dia 04.12.2020, às 14h, para o DIA 01.02.2021, ÀS 14H00, ocasião em que serão inquiridas testemunhas faltantes, bem como serão realizados os reinterrogatórios dos acusados Rodrigo Komochena e Fernando Ojeda, e, finalmente, o interrogatório do acusado Loris Dilda”, diz trecho do despacho da juíza.

O processo caminha para a reta final. Após a conclusão da instrução processual, as partes serão convocadas pela magistrada para apresentação de alegações finais e, após, a sentença será proferida.

O caso

Deflagrada em 2010, a Operação Asafe cumpriu mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia e em residências de magistrados do Estado contra a prática de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha na venda de sentença.

Conforme os autos, a apuração focava no esquema de tráficos de drogas, entretanto, quando o conteúdo foi analisado, iniciou-se a investigação da possível venda de decisões judiciais.

O processo chegou a ser suspenso em 2017, por força da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio, ao acatar uma liminar em habeas corpus movido pelo advogado Rodrigo Vieira Komochena, que é réu na ação.

Em 2019, o STF rejeitou o HC e revogou a suspensão. Desta forma, o andamento da ação foi retomado na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

São réus: a advogada Célia Maria Aburad Cury, viúva do desembargador falecido José Tadeu Cury; o ex-chefe de gabinete de José Tadeu, Jarbas Rodrigues do Nascimento; o pecuarista Loris Dilda; os advogados Max Weyzer Mendonça Oliveira, Tarcízio Carlos Siqueira de Camargo, Fernando Jorge Santos Ojeda e Ivone Reis de Siqueira, além de Carvalho Silva.