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OAB Quinta-feira, 25 de Janeiro de 2018, 10:33 - A | A

25 de Janeiro de 2018, 10h:33 - A | A

OAB / intimidação da advocacia

OAB-MT acompanha caso de advogada agredida por juiz e diz que irá representá-lo

Conforme o presidente da entidade, Leonardo Campos, é repudiável todo e qualquer ato que possa limitar o exercício profissional da advocacia

Da Redação



A Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT) acompanha o caso de agressão à advogada Luciana Nazzari ocorrida na última terça-feira (23).

Conforme o presidente da entidade, Leonardo Campos, é repudiável todo e qualquer ato que possa limitar o exercício profissional da advocacia.

“Em hipótese alguma a OAB-MT admitirá esse tipo de situação. É inadmissível a intimidação ao exercício profissional. Não há liberdade sem advocacia e, muito menos, advocacia sem liberdade”, disse.

No dia do ocorrido, o presidente da subseção de Sinop, Felipe Guerra, acompanhou a advogada durante a elaboração de registro de ocorrência e já adotou providências, como a solicitação das imagens das câmeras de monitoramento do prédio da Justiça do Trabalho.

Em hipótese alguma a OAB-MT admitirá esse tipo de situação. É inadmissível a intimidação ao exercício profissional. Não há liberdade sem advocacia e, muito menos, advocacia sem liberdade

De acordo com Felipe Guerra, as imagens poderão constatar as agressões e ameaças sofridas pela profissional, bem como as ações necessárias a partir dos fatos constatados. Além disso, ele afirma que a OAB Sinop acompanhará todo o inquérito relativo ao caso.

Ainda, o Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP) da OAB-MT está à disposição de qualquer profissional que tenha suas prerrogativas violadas para a adoção de medidas em todas as instâncias.

A OAB-MT aguarda o relatório do corpo de guarda e as imagens das câmeras de monitoramento a fim de aferir as agressões sofridas pela advogada após deixar a sala de audiências da 1ª Vara do Trabalho de Sinop, permitindo realizar das devidas representações que permitam apurar a conduta ética do magistrado afastado.

“Acompanharemos a apuração dos fatos e desdobramento do caso para garantir a segurança da profissional no exercício de suas atividades. Não admitimos intimidação profissional da mesma forma como não admitiremos o desrespeito com a mulher advogada”, declarou a presidente da Comissão de Direito da Mulher (CDM) da OAB-MT, Gisela Cardoso. (Com informações da Assessoria da OAB-MT)

Entenda o caso

Condenado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o juiz Paulo Martini, teve que ser contido por seguranças da Vara do Trabalho de Sinop, nesta terça-feira (23). Martini foi punido com a perda do cargo em 2016, por crime de corrupção.

Ele desacatou uma advogada chamando-a de incompetente e ela revidou dizendo que ele é corrupto.

O incidente aconteceu durante uma audiência onde seu filho figura como reclamado na Justiça do Trabalho.

Após a audiência, eles voltaram a se desentender do lado de fora.

A advogada relatou que ele a chamou de vagabunda e a ameaçou de morte, dizendo que daria um tiro na sua cabeça. (Com informações da Assessoria da OAB-MT)