facebook instagram
Cuiabá, 07 de Maio de 2024
logo
07 de Maio de 2024

Cível Sexta-feira, 17 de Abril de 2020, 11:39 - A | A

17 de Abril de 2020, 11h:39 - A | A

Cível / PANDEMIA

Ministra mantém decreto de MT que vedou realização de cultos

Rosa Weber negou o pedido da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, que ingressou com reclamação contra o decreto do Estado de Mato Grosso

Da Redação



A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou incabível a reclamação ajuizada pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Rondonópolis contra decisão que validou o decreto estadual, que vedou a realização de cultos, missas e celebrações religiosas durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo a ministra, não houve afronta ao entendimento do STF sobre a competência concorrente entre os entes federados para dispor sobre a matéria.

Em março, o governador Mauro Mendes editou o Decreto estadual 432/2020, contra o qual a Assembleia de Deus impetrou mandado de segurança no Tribunal de Justiça (TJMT), com o argumento de contrariedade às normas federais sobre a pandemia.

O TJ, no entanto, ao indeferir pedido de medida liminar, entendeu que o Estado, por deter competência suplementar, não teria exorbitado seus poderes ao impor norma mais rígida do que a estabelecida pela União na Lei 13.979/2020 e no Decreto federal 10.282/2020.

Ao julgar inviável a reclamação, a ministra Rosa Weber explicou que, no julgamento da ADI 3829, a discussão dizia respeito a direito ambiental. Na decisão liminar na ADI 6341, apontada como paradigma pela Assembleia de Deus, o relator, ministro Marco Aurélio, apenas ressalvou a existência da competência comum administrativa entre os entes federativos, sem explicitar as balizas de cada um deles.

Ainda de acordo com a ministra, a jurisprudência do Supremo não possibilita a análise da juridicidade de atos calcados em outras normas, ainda que análogas à declarada inconstitucional. Por fim, ressaltou que a reclamação não pode ser utilizada como substitutivo de recurso.

Leia abaixo a decisão. (Com informações da Assessoria do STF)

Anexos