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Administrativo Quarta-feira, 03 de Abril de 2024, 09:55 - A | A

03 de Abril de 2024, 09h:55 - A | A

Administrativo / ACORDO COM CNJ

TRE-MT terá que adotar linguagem simples em decisões judiciais

As ações previstas incluem desde a eliminação de termos técnicos desnecessários até a promoção de campanhas educativas sobre a importância do acesso compreensível à Justiça

Da Redação



O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) deve simplificar sua linguagem processual para facilitar a compreensão por um número maior de pessoas. A obrigação consta num acordo firmado junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O documento insere-se no contexto do Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples, visando tornar mais acessíveis as decisões e informações judiciais ao público em geral.

“Nós precisamos que a população entenda as decisões da Justiça Eleitoral. Muitas vezes os juízes e servidores do Judiciário tem a preocupação de escrever o simples nas decisões, e isso gerar interpretações muito abertas e acabar dando brechas jurídicas para questionamentos. Isso não vai acontecer, o que estamos falando é de traduzir melhor a intenção da decisão, mas todo o arcabouço de fundamentação continua presente”, destacou a presidente do TRE-MT, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro.

As ações previstas no acordo incluem desde a eliminação de termos técnicos desnecessários até a promoção de campanhas educativas sobre a importância do acesso compreensível à Justiça.

“Este tem sido um debate constante em nossa gestão. Implantamos um laboratório de inovação para que as ideias saiam do papel, que efetivamente gerem resultados para sociedade. Nosso objetivo com a linguagem simples é unir elementos gráficos, texto e mesmo vídeos para explicar decisões complexas, deixando claro a decisão do magistrado”, destacou o juiz auxiliar da Presidência, Aristeu Dias Batista Vilella.

Na segunda instância da Justiça Eleitoral de Mato Grosso, os juízes membros do Pleno, Edson Dias Reis e Eustáquio Inácio de Noronha Neto, ficarão responsáveis pela implementação do projeto piloto.

“Entre os cinco eixos do pacto nacional do Judiciário, há a necessidade de simplificar a linguagem das nossas decisões. Como ponto de partida do projeto piloto em meu gabinete, já iniciamos com orientação e capacitação da assessoria, visando simplificar os votos para melhor compreensão das partes e sociedade. É um grande desafio, mas na primeira oportunidade na sessão do Pleno do TRE, diante de um profundo debate e divergências, em vez de apresentar um longo voto, com extensa fundamentação fático-jurídica, optei por apresentar as razões de forma oral, concisa e objetiva, em aproximadamente 10 linhas”, destacou Edson Dias Reis.

Saiba mais sobre o acordo

Dentro dos objetivos estipulados, o pacto prevê esforços conjuntos em várias frentes, como a simplificação da linguagem em documentos judiciais, o incentivo à brevidade nas comunicações, a educação e capacitação de magistrados e servidores no uso da linguagem simples, a adoção de tecnologia da informação com interfaces intuitivas e a articulação interinstitucional e social para ampliar o alcance da iniciativa.

O documento estabelece obrigações específicas para ambas as partes. O CNJ, por exemplo, será responsável por coordenar as ações do Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples, promover a articulação entre órgãos do Poder Judiciário e gerar relatórios dos resultados obtidos.

Já o TRE-MT compromete-se a indicar pessoal técnico para auxiliar nas atividades planejadas, prestar apoio logístico e divulgar as peças de comunicação institucional.

O acordo tem vigência inicial de 24 meses, podendo ser prorrogado. (Com informações da Assessoria do TRE-MT)