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10 de Novembro de 2024

Penal Terça-feira, 11 de Maio de 2021, 07:48 - A | A

11 de Maio de 2021, 07h:48 - A | A

Penal / "AUTOFAGIA"

Servidores da Saúde são alvos de operação por suposta "rachadinha"

O coordenador de Saúde Bucal de Cuiabá, que estaria auxiliando no plano de imunização contra a Covid-19, foi afastado do cargo; outros dois dentistas também foram afastados de suas funções, durante as investigações

Da Redação



A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou nesta terça-feira (11), a Operação Autofagia para cumprimento de ordens judiciais de busca e apreensão e medidas cautelares de afastamento de servidores da Secretaria de Saúde de Cuiabá.

Ao todo são cinco mandados de busca e apreensão e as decisões judiciais que determinaram o afastamento de três servidores da área de saúde bucal do município. As buscas são realizadas nas residências dos servidores investigados.

As ordens judiciais foram decretadas pelo juízo da 7ª Vara Especializada contra o Crime Organizado.

Conforme as investigações realizadas pela Deccor, o coordenador de Saúde Bucal da Secretaria de Saúde de Cuiabá facilitava a transferência de servidores da área para unidades onde estes receberiam subsídios maiores. Em seguida, junto a outros dois dentistas, também ligados à mesma coordenadoria, passavam a pressionar e ameaçar os servidores transferidos para que estes devolvessem parte dos subsídios recebidos a título de salário, prática conhecida como "rachadinha".

Até o momento foram identificadas cinco vítimas do trio de dentistas, mas é possível que este número seja maior, conforme as apurações avancem.

Quando as investigações foram iniciadas, os profissionais foram afastados de suas funções. Contudo, o dentista que atuava como coordenador de Saúde Bucal de Cuiabá estaria auxiliando no plano de imunização contra a Covid-19, o que reforçou a necessidade de afastamento judicial do cargo e proibição de acesso à Secretaria de Saúde do município.

As investigações, que tiveram início em dezembro do ano passado, seguem para apurar se há outras vítimas, assim como analisar o material apreendido.

Os suspeitos responderão pelos crimes de associação criminosa e concussão (artigo 316 do CP), que caracteriza a conduta de funcionário público quando exige vantagem indevida para si ou para terceiros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, porém, em razão de tal função. (Com informações da Assessoria da PJC-MT)