O chefe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), promotor de Justiça Adriano Roberto Alves, quer instaurar um inquérito suplementar para apurar se houve a prática de lavagem de dinheiro no esquema investigado na Operação Sepulcro Caiado.
A operação apurou um suposto rombo de R$ 21 milhões conta a Conta Única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
O pedido, encaminhado ao Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), consta no final da denúncia feita pelo Ministério Público, que acusou 11 pessoas de organização criminosa, peculato e estelionato.
“Requeiro a instauração de inquérito suplementar para apurar devidamente o crime de lavagem de capitais, posto que não está devidamente delineada a conduta individual de cada um para esse delito”, diz trecho da petição.
O objetivo é apurar se o crime o empresário João Gustavo Ricci Volpato, a mãe dele, Luiza Rios Ricci Volpato, e o irmão, Augusto Frederico Ricci Volpato, além do casal de advogados Wagner Vasconcelos de Moraes e Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes também cometeram o delito de lavagem de dinheiro.
O promotor reforçou que para que a acusação seja devidamente feita, é necessário que os atos praticados pelos investigados visem ocultar ou dissimular a origem dos recursos supostamente desviados do TJMT.
“Dessa forma, há necessidade de inquérito suplementar para apurar devidamente essas condutas em face dos réus”.
De acordo com a denúncia, o alegado esquema, que teria sido liderado por João Gustavo Ricci Volpato, consistia no ajuizamento de ações de cobrança e, sem o conhecimento das partes rés, simulava a quitação da dívida via depósito judicial, juntando aos autos comprovantes de pagamentos falsificados.
Segundo o MP, a possível organização criminosa contou com a participação dos advogados Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes, Themis Lessa da Silva, Régis Poderoso de Souza, Rodrigo Moreira Marinho, João Miguel da Costa Neto e Denise Alonso, além do servidor do TJMT, Mauro Ferreira Filho.
A denúncia e o pedido da abertura do inquérito extra ainda serão analisados pela Justiça.
O caso tramita em sigilo.





