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Cuiabá, 15 de Janeiro de 2025

STJ/STF Quinta-feira, 12 de Maio de 2022, 09:03 - A | A

Quinta-feira, 12 de Maio de 2022, 09h:03 - A | A

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Credores suspendem assembleia para grupo apresentar novo plano

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (11), quando os credores não aceitaram o plano proposto pelo grupo; a Assembleia será retomada em julho

Lucielly Melo

A Assembleia-Geral de Credores (AGC) relacionada ao processo de recuperação judicial do grupo Verde Transportes está suspensa até o próximo dia 6 de julho.

A decisão partiu dos próprios credores, que se reuniram nesta quarta-feira (11), após as negociações conduzidas pelo escritório Mestre Medeiros Advogados Associados.

Durante a reunião, ao analisar o plano de recuperação judicial proposta pelas empresas que formam o grupo, o representante dos credores trabalhistas afirmou que a proposta se mostrou inviável e que não tinha condições de ser aprovada, diante do deságio constatado.

O advogado das recuperandas propôs a suspensão da Assembleia, pelo prazo de até 60 dias, para que pudesse promover novas tratativas e elaborar um aditivo ao plano recuperacional.

A sugestão foi colocada em votação e maioria dos credores presentes na reunião aceitou a proposta.

Dívidas

O Grupo Verde Transportes entrou em recuperação judicial após acumular R$ 43.792.836,10 milhões em dívidas.

As empresas alegaram na Justiça que a crise financeira se deu em decorrência da diminuição das linhas de crédito por parte das instituições financeiras e à política de preços adotada pelo governo que elevou o preço do óleo diesel “a patamares insuportáveis” em 2018, quando ocorreu a greve geral dos caminhoneiros.

O grupo afirmou que “o maior componente gerador de sua crise consiste na ausência de adequada e justa recomposição tarifária, uma vez que a Ager desde 2012 não confere “um justo reajuste tarifário” a fim de manter o equilíbrio econômico-financeiro das rotas por elas fiscalizada, além de terem que arcar com o custo social da gratuidade de passagens prevista na legislação”.

O grupo também está envolvido num suposto esquema de fraudes no processo licitatório de concessão do transporte intermunicipal de Mato Grosso, fatos investigados na Operação Rota Final.

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